A Comissão Política do Partido Renamo decidiu, em sessão extraordinária, na tarde deste domingo (12.01.25), na cidade de Maputo, se abster de participar da tomada de posse dos seus 28 deputados na décima legislatura.
É que o partido liderado por Ossufo Momade entende que a cerimónia de investida de deputados, a ter lugar amanhã, na chamada Casa do Povo é “ultraje social”, pelo facto de ter ignorado a vontade popular expressa nas urnas.
A “Perdiz” justifica ainda que esta medida resulta da constatação das irregularidades que mancharam as eleições gerais, no passado dia 9 de outubro, e que foram chanceladas pelo Conselho Constitucional , quando havia elementos bastantes para a nulidade.
“A Renamo entende que a melhor via para a pacificação do país passava pela anulação dos resultados eleitorais. Apelamos ao povo moçambicano a usar todos meios pacíficos para a construção de um Moçambique livre, justo e transparente”. Disse Marcial Macome, porta-voz da RENAMO.
Marcial Macome avançou que o partido irá se pronunciar nos próximos dias sobre os passos subsequentes após a recente decisão.
Por outro lado, a sessão de investidura dos parlamentares na Assembleia da República também será marcada pela ausência dos deputados do MDM. Inicialmente, o Movimento Democrático de Moçambique declara não fazer sentido que os seus deputados tomem posse , numa altura em que contesta os resultados proclamados pelo Conselho Constitucional, que dão vitória a Frelimo e Daniel Chapo.
Enquanto isso, a FRELIMO e o PODEMOS já se preparam para a tomada de posse amanhã, na Assembleia da República, acto de investidura a ser dirigido pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, a partir das 10h.
Margarida Talapa será a Presidente da Assembleia da República. Talapa já foi chefe da bancada parlamentar da Frelimo e há dias foi exonerada do cargo de Ministra do Trabalho e Segurança social.
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