Presidente Chapo apoia suspensão da Guiné-Bissau na CPLP e presidência interina de Timor-Leste

O Presidente da República, Daniel Chapo, apoiou a suspensão da Guiné-Bissau das actividades da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a assunção interina da presidência por Timor-Leste, considerando as decisões essenciais para a defesa da democracia, da ordem constitucional e da credibilidade da comunidade lusófona, após o golpe de Estado de 26 de novembro de 2026.

Chapo falou durante a primeira Conferência Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada virtualmente, destinada a analisar a situação política e institucional na Guiné-Bissau. Destacou que a crise preocupa toda a comunidade, lembrando que a Guiné-Bissau é um dos Estados-membros fundadores da CPLP e acolheu a Cimeira da organização em julho passado.

O Presidente moçambicano saudou os minsitros pelo empenho na defesa dos valores da CPLP e pelas recomendações de sua 17.ª Reunião Extraordinária, incluindo a suspensão temporária do país e a realização da presente Cimeira. Reafirmou o papel da organização como instrumento de concertação política e diplomática comprometido com a paz, a estabilidade e a segurança dos Estados-membros.

Moçambique reiterou a convicção de que a Guiné-Bissau é parte integrante da comunidade, defendendo os princípios da democracia, da paz e do Estado de direito. O Chefe de Estado enfatizou a importância de apoiar a suspensão até à reposição da ordem constitucional e a presidência interina de Timor-Leste para manter a credibilidade da CPLP.

A Conferência Extraordinária expressou preocupação com a situação política na Guiné-Bissau, condenou a interrupção do processo eleitoral, exigiu a libertação imediata de detidos e aprovou a suspensão total da participação do país nas actividades da CPLP até à normalização institucional, saudando a solidariedade do povo guineense e a disponibilidade de Timor-Leste para assumir a presidência pro tempore.