Número de mortos em Israel após ataques chega a 40

Prédio em Tel Aviv, maior cidade do país, atacado neste sábado (7) ITAI RON/REUTERS - 07.10.2023

País foi bombardeado neste sábado (7) por milhares de mísseis disparados pelo grupo terrorista Hamas a partir da Faixa de Gaza

Os serviços de emergência de Israel contabilizaram pelo menos 40 mortes e 740 feridos em território israelense em decorrência dos ataques do grupo terrorista Hamas, neste sábado (7).

Milhares de mísseis disparados a partir da Faixa de Gaza atingiram cidades de Israel.

Além disso, militantes do Hamas conseguiram se infiltrar no país, inclusive com o uso de parapentes. Eles mataram e sequestraram civis e militares.

O ataque-surpresa, segundo o comandante das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Deif, envolveu o disparo de mais de 5.000 foguetes e projéteis.

Diversos prédios residenciais foram bombardeados no município de Ashkelon, a 15 km da fronteira com Gaza.

Pelo menos um míssil atingiu um edifício, que ficou em chamas, em Tel Aviv, maior cidade do país.

A resposta de Israel foi imediata. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que o país está “em guerra” e prometeu uma retaliação como nunca vista.

“O inimigo pagará um preço sem precedentes”, garantiu.

Nas horas que se seguiram, diversos bombardeios israelenses em Gaza já podiam ser observados. 

Netanyahu (à dir.) participou de reunião do Gabinete de Segurança
REPRODUÇÃO/X/@ISRAELIPM

‘Estamos em guerra e vamos vencer’, diz primeiro-ministro de Israel

Benjamin Netanyahu prometeu uma dura contraofensiva após diversos locais do país serem atingidos por mísseis disparados por terroristas do grupo Hamas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que a resposta do seu país ao ataque sofrido neste sábado (7) é uma “guerra”.

“Estamos em guerra e vamos vencer”, afirmou, ao ressaltar que havia ordenado uma extensa mobilização de reservistas e que devolveria o fogo “com uma magnitude que o inimigo não conheceu”.

Milhares de mísseis foram lançados a partir da Faixa de Gaza em direção ao território israelense neste sábado (7), em uma ação sem precedentes que o grupo terrorista Hamas, que governa a região, chamou de “operação Dilúvio de Al-Aqsa”.

O serviço de emergência afirmou que pelo menos 40 pessoas morreram em solo israelense.

Edifícios e ruas foram bombardeados em vários locais de Israel, incluindo a cidade de Ashkelon, a 15 km da fronteira com Gaza, e também Tel Aviv.

Militantes do Hamas se infiltraram na cidade de Sderot, em Israel, onde ocorreu um confronto com o Exército local, assim como na fronteira com Gaza, onde os militantes sequestraram dezenas de soldados israelenses mortos e feridos.

Em uma reunião do Gabinete de Segurança, Netanyahu listou três principais objetivos neste momento.

“Nosso primeiro objetivo é eliminar as forças hostis que se infiltraram em nosso território e restaurar a segurança e a tranquilidade nas comunidades que foram atacadas. O segundo objetivo, ao mesmo tempo, é impor um preço imenso ao inimigo, dentro da Faixa de Gaza também. O terceiro objetivo é reforçar outras frentes para que ninguém se engane ao se juntar a esta guerra.”

Diversos alvos em Gaza já haviam sido bombardeados nas horas seguintes à ofensiva palestina. 

ntegrantes do Hamas invadiram o território israelense neste sábado
MOHAMMED FAYQ ABU MOSTAFA/REUTERS – 07.10.2023

Estados Unidos condenam ataque de ‘terroristas do Hamas’ a Israel e oferecem ajuda

Os Estados Unidos condenaram o ataque dos “terroristas do Hamas” contra Israel, informou a Casa Branca em um comunicado.

“Os Estados Unidos condenam inequivocamente os ataques injustificados dos terroristas do Hamas contra civis israelenses”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, acrescentando que “nunca há justificativa para o terrorismo”.

O assessor de segurança nacional, Jake Sullivan, conversou com o assessor de segurança nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, e eles permanecerão em estreito contato, segundo o comunicado.

“Apoiamos firmemente o governo e o povo de Israel e expressamos nossas condolências pelas vidas israelenses perdidas nesses ataques”, acrescentou Watson.

O Pentágono reafirmou o compromisso “inquebrantável” dos Estados Unidos com o direito de Israel a se defender e prometeu garantir que seu aliado-chave tenha os meios para fazê-lo.

“Nosso compromisso com o direito de Israel a se defender continua inquebrantável”, disse o secretário de Defesa, Lloyd Austin, em um comunicado, e acrescentou que trabalhará “para assegurar que Israel tenha o que for necessário para se defender e proteger os civis da violência e do terrorismo indiscriminados”.

O enviado da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, condenou veementemente os “ataques atrozes” do grupo extremista palestino contra Israel e instou a um cessar-fogo imediato.

“Este é um precipício perigoso, e peço a todos que se afastem da beira do abismo”, declarou, em comunicado, acrescentando que está “em estreito contato com todas as partes” para pedir especialmente que “protejam os civis”.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, também se manifestou. 

“Estou chocado com os ataques desta manhã realizados por terroristas do Hamas contra cidadãos israelenses. Israel tem o direito absoluto de se defender. Estamos em contato com as autoridades israelenses, e os cidadãos britânicos em Israel devem seguir o conselho de viagem”, escreveu em uma rede social. 

Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, expressou a solidariedade do bloco a Israel.

“Condeno veementemente os ataques indiscriminados lançados contra Israel e seu povo nesta manhã, infligindo terror e violência contra cidadãos inocentes. Meus pensamentos estão com todas as vítimas. A União Europeia demonstra solidariedade com o povo israelense neste momento horrível.”