A foto é da paragem do Zimpeto na N 1, mas espelha o cenário que se verifica em muitas outras paragens: muitos passageiros e pouco transporte
Em dias de chuva, muitos transportadores optam por não colocar os seus veículos na estrada por temer pelos danos que as águas podem provocar nas viaturas.
Por conseguinte, acaba sofrendo quem não tem um meio de transporte particular, que fica horas e horas nas paragens.
Os poucos “mini-bus” que circulam aplicam a famosa “taxa de chuva”, ou seja, agravam substancialmente a tarifa de transporte para as mesmas distâncias.
Bairros como Nwamatibjana e Santa Isabel na província de Maputo são alguns dos que registam escassez de transporte e agravamento da tarifa em dias de chuvas.
Os transportadores justificam a medida com a necessidade de compensar o desgaste mecânico das viaturas ao circular em condições climáticas adversas.
Enquanto isso, os passageiros vêm-se financeiramente sufocados, tendo que pagar mais pelo transporte ou enfrentar o risco de não chegar a tempo nos seus destinos pela fraca circulação de autocarros e “mini-bus” de transporte público.
Mas o desafio não é só para quem não tem carro, os automobilistas que possuem viaturas de suspensão baixa também estão praticamente vedados de circular em muitas vias da cidade e província de Maputo.
Com as inundações urbanas, viaturas ligeiras estão mais propensas a ficar submersas nas estradas com grandes concentrações de água.
