Manifestações em Moçambique com impacto nos Estados Unidos

Os americanos investiram milhões de dólares no grafite de Balama, no norte de Moçambique, através de uma empresa australiana. O produto (grafite) é usado para o fabrico de baterias para indústria de carros eléctricos.

Tesla, a gigante de carros eléctricos do homem mais rico do mundo, Elon Musk, é a principal beneficiária do grafite de Balama.

Mas, onde entram as manifestações pós-eleitorais em Moçambique, nas contas dos americanos? Simples, é que com as operações da mina de extracção de grafite de Balama estão suspensas, os australianos (detentores da mina) não têm como pagar o empréstimo de 250 milhões de dólares, contraído junto do Departamento de Energia dos Estados Unidos e da International Development Finance Corporation (DFC).

A suspensão das actividades da mina de Balama é vista como “derrota estratégica” dos americanos na guerra comercial com a China, em particular, na hegemonia da indústria de carros eléctricos, segundo o economista, Clésio Foia, na análise ao programa Economia e Negócios.

Para o economista, essa situação coloca Moçambique numa posição de “não confiável para investimento estrangeiro”, devido a instabilidade política em que o país atravessa.

Programa Economia em Negócios, todas as terças-feiras às 22h, na TV Miramar.

Por: Edson Arante – Jornalista especializado em economia