Economia moçambicana num “terreno minado”

Economia moçambicana num "terreno minado"

O “terreno está minado”

A economia moçambicana está de rastos desde o quarto trimestre de 2024, uma velocidade ao ritmo das manifestações de repúdio aos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro.

Reina um clima de medo e tensão no seio do empresariado nacional e estrangeiro – o “terreno está minado”para qualquer tipo de investimento.

O novo Governo sob a orquestra do pressionado Daniel Chapo, que tomou posse no passado dia 15 de Janeiro de 2025, herdou um “país em ebulição”. As condições económicas e o nível de confiança dos moçambicanos são deploráveis.

Qual será a “varinha mágica”para evitar um descalabro económico?

Para o pesquisador do Centro de Integridade Pública, Baltazar Fael, em análise no programa Economia e Negócios, Moçambique está debaixo de um “barril de pólvora” e ninguém quer investir num cenário de incertezas.

“Parece que temos um país em duas direcções ou com dois presidentes, um legitimado pelos órgãos eleitorais (Daniel Chapo) e outro que se auto-proclama eleito pelo povo (Venâncio Mondlane). Só vejo uma saída: as partes devem encontrar um caminho de diálogo para evitar a derrapagem social, política e económica do país”, argumentou o investigador.

A equação é complexa, pois é preciso haver cedências. O certo é que o relógio dos investidores têm os ponteiros mais acelerados para a tomada de decisões.

“Todo investidor quer garantias de estabilidade. Os actores políticos devem encontrar saídas para este impasse e resgatar a confiança dos investidores”, defende o economista Clésio Foia.

Para este economista, o primeiro trimestre será crucial para determinar o futuro e o nível de pujança do novo Governo.

Entre os grandes dossiers, o Executivo não só tem a questão política por resolver, mas também, a pressão sobre os encargos da dívida pública e folha salarial.

Por: Edson Arante