ONU faz evento em homenagem ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Galeria de fotos em memória às vítimas do Holocausto RONEN ZVULUN/REUTERS - 26/01/2023

Data foi criada em 2005 para honrar a memória das pessoas que morreram e propagar conhecimento sobre o tema

Em 2005 a assembléia geral da ONU, Organização das Nações Unidas, estabeleceu o dia 27 de janeiro como o “Dia Internacional da Memória do Holocausto”, e desde então diversos eventos e cerimônias têm acontecido ao redor do mundo, para honrar a memória das vítimas e propagar conhecimento sobre o tema.

A data foi escolhida para ser o marco oficial por conta da liberação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, um dos maiores documentados. Desde 2010, a ONU tem escolhido diferentes enfoques para tratar dentro do assunto, como histórias de sobreviventes, experiência das mulheres, aliados que escondiam judeus, entre outros. 

O tema desse ano é “lar e pertença”, os eventos irão explorar como as vítimas ajustaram suas ideias de “casa” e “pertencimento” ao enfrentarem o ataque violento e anti-semita durante o Holocausto, e o que “lar” e “pertencer” significavam para os sobreviventes nos anos do pós-guerra.

Judeus deixando campo de concentração
KACPER PEMPEL/REUTERS – 27/01/2014

Entre as imposições de Adolf Hitler, criou-se um padrão para quem poderia reivindicar a Alemanha como lar e quem pertencia a ela.

A ONU explica, em uma galeria de informações sobre o Holocausto em seu site oficial, que “O processo de definição e exclusão foi além da legislação e campanhas de propaganda de desinformação e discurso de ódio, para atos de terror sancionados pelo Estado que destruíram locais de culto, meios de subsistência e casas das pessoas.” 

A organização ainda ressalta que essas pessoas perderam o sentido de pátria, é como se não fossem dignas de uma sociedade. Por isso, a reflexão sobre como os sobreviventes dos campos, e as crianças nascidas nesses ambientes, navegaram no mundo pós-guerra é essencial para a restauração da humanidade das vítimas. 

Para o secretário-geral, António Guterres, nenhum genocídio é inevitável. Ele enfatiza que os nazistas só puderam atuar com tamanha crueldade, com atos desde a discriminação dos judeus da Europa até à sua aniquilação, porque poucas pessoas se manifestaram e muitos outros nada fizeram.

Assim, ao relembrar Holocausto, o mundo reconhece as ameaças à liberdade, à dignidade e à humanidade, inclusive no tempo atual. O chefe da ONU pediu que o genocídio nunca seja esquecido, para ele, nunca mais deve-se fazer silêncio sobre esses assuntos. 

Os eventos principais acontecem na sede oficial das Nações Unidas, em Nova York, e o projeto se dividirá entre exibições (que começaram dia 10 de janeiro e vão até 26 de fevereiro), vídeos (postados no canal do youtube da ONU) e palestras presenciais em universidades da região.

Outras sedes da Organização das Nações Unidas ao redor do mundo farão seus próprios eventos, e a programação de cada região pode ser encontrada pelas redes oficiais. Para quem deseja se integrar no assunto e acompanhar as solenidades online, basta seguir a ONU em qualquer uma de suas redes sociais ou pesquisar o tema “Holocausto” no site da instituição.  

 

Larissa Crippa – Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques