Forças israelenses garantem que grupo terrorista esconde uma posição de comando dentro do Al-Shifa
O Exército de Israel anunciou na primeira hora desta quarta-feira(15) que estava realizando uma operação “seletiva” dentro do Hospital Al-Shifa, o mais importante da Faixa de Gaza, onde garante que o grupo terrorista palestino Hamas esconde uma posição de comando.
“Com base na informação de inteligência e na necessidade operacional, as Forças de Defesa de Israel realizam uma operação seletiva e de precisão contra o Hamas em um setor específico do Hospital Al-Shifa”, afirmou o Exército em comunicado.
Na terça-feira, a Casa Branca afirmou que o Hamas e a Jihad Islâmica têm um centro de comando no subsolo do Hospital Al-Shifa, apoiando assim a justificativa de Israel para concentrar suas ações militares nessas instalações.
Segundo John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, os grupos terroristas “usam alguns hospitais na Faixa de Gaza, incluindo o Hospital Al-Shifa, como uma maneira de esconder e apoiar suas operações militares e manter os reféns”. “Eles têm túneis debaixo desses hospitais”, acrescentou.
O Hamas negou as acusações dos Estados Unidos. Em nota, o grupo afirmou que a acusação incitará Israel a “cometer mais massacres”, com o objetivo de “destruir o sistema de saúde de Gaza e deslocar os palestinos”.
A pressão aumenta sobre Israel em relação ao cerco militar ao redor do Al-Shifa, onde os médicos afirmam que pacientes e civis estão presos em condições terríveis. O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês) estima que há pelo menos 2.300 pessoas bloqueadas, enquanto os recursos se esgotam.
Exército israelense envia notificação sobre a intenção de entrar no hospital
“As forças de defesa israelenses estão conduzindo uma operação direcionada e precisa contra o Hamas em um setor específico do hospital Al Shifa”, disse o exército em comunicado.
O exército tem no local “equipas médicas e pessoas de língua árabe que foram treinadas especificamente para este ambiente sensível e complexo e com o objectivo de garantir que nenhum dano seja causado aos civis usados pelo Hamas como escudos humanos”, acrescentou, sem especificar os objetivos.
Milhares de pessoas estão no hospital, incluindo pacientes, médicos e civis deslocados pela guerra entre Israel e os terroristas do Hamas.
O diretor do hospital Al-Shifa afirmou que pelo menos “179 corpos” foram enterrados terça-feira (14) numa vala comum dentro do complexo.
“Há corpos espalhados pelos corredores do complexo hospitalar e as salas frigoríficas das morgues já não têm” eletricidade, disse o diretor Mohamad Abu Salmiya antes desta operação.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o exército israelense havia enviado uma notificação informando sobre a intenção de entrar no hospital, que se tornou o centro do conflito que eclodiu em 7 de outubro.