EUA temem que Irã se envolva na guerra entre Israel e o Hamas

Porta-aviões USS Gerald R. Ford está posicionado no mar Mediterrâneo U.S NAVAL FORCES CENTRAL COMMAND/U.S. 6TH FLEET/VIA REUTERS

Americanos já enviaram um porta-aviões para a região, e uma segunda embarcação desse tipo está a caminho

Os Estados Unidos temem uma “escalada” no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas e um possível “envolvimento direto do Irã”, afirmou neste domingo (15) o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca.

Em entrevista à rede de televisão CBS, Jake Sullivan mencionou a possibilidade de uma nova frente de batalha na fronteira entre Israel e o Líbano e afirmou: “Não podemos descartar que o Irã decida se envolver diretamente de alguma forma. Precisamos nos preparar para qualquer eventualidade”.

“É um risco, e é um risco do qual estamos cientes desde o início do conflito”, acrescentou o assessor de Joe Biden.

“É por isso que o presidente agiu tão rápida e decisivamente ao enviar um porta-aviões para o [mar] Mediterrâneo oriental e aviões para o golfo, pois ele mandou uma mensagem muito clara a qualquer Estado ou entidade que tente se aproveitar dessa situação”, disse Sullivan.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, anunciou no sábado que os Estados Unidos enviariam um segundo porta-aviões para o mar Mediterrâneo oriental, visando “dissuadir ações hostis contra Israel ou qualquer tentativa de expandir esta guerra”.

O USS Eisenhower e seus navios de escolta se juntarão ao primeiro porta-aviões, o USS Gerald R. Ford, posicionado na região após o sangrento ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro.

Reunião no Catar

Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, encontrou-se com o ministro das Relações Exteriores do Irã no Catar, no sábado, quando discutiram o ataque mortal da organização terrorista em Israel “e concordaram em continuar a cooperação” para alcançar os objetivos do grupo, disse o Hamas em um comunicado.

Durante a reunião em Doha, a capital do Catar, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, elogiou o ataque como tendo sido uma “vitória histórica”.