Pelo menos 2.000 morreram em terremoto no Afeganistão

No total, 4.200 pessoas foram afetadas de uma forma ou de outra pelo terremoto, segundo a mesma fonte

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 600 casas foram destruídas ou parcialmente danificadas

Mais de 2.000 pessoas morreram no terramoto de magnitude 6,3 que abalou no sábado (7) a região de Herat, no oeste do Afeganistão, segundo um novo balanço divulgado neste domingo (8) por um porta-voz do governo talibã.

“2.053 mártires morreram em 13 localidades. 1.240 pessoas ficaram feridas. 1.320 casas foram completamente destruídas”, escreveu o porta-voz do governo talibã, Zabihullah Mujahid, na rede social X (antigo Twitter), citando a agência de gestão de desastres.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 600 casas foram destruídas ou parcialmente danificadas em pelo menos 12 aldeias da província de Herat. No total, 4.200 pessoas foram afetadas de uma forma ou de outra pelo terremoto, segundo a mesma fonte.

“Assim que ocorreu o primeiro tremor, todas as casas desabaram”, disse Bashir Ahmad, de 42 anos. “Quem estava dentro das casas foi enterrado. Há famílias das quais não temos notícias”, acrescentou.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou no sábado que “o número de vítimas deverá aumentar à medida que as operações de busca e resgate continuam”.

Em Herat, considerada a capital cultural do Afeganistão, os moradores e comerciantes saíram às ruas em pânico ao sentirem a terra se mover.

Herat, 120 km a leste da fronteira com o Irã, é a capital da província com o mesmo nome, onde vivem cerca de 1,9 milhão de pessoas, segundo dados do Banco Mundial de 2019.

O Afeganistão é atingido por terremotos com frequência, especialmente na cordilheira Hindu Kush, perto da junção entre as placas tectônicas da Eurásia e da Índia.

Em junho de 2022, um terremoto de magnitude 5,9 matou mais de 1.000 pessoas e deixou dezenas de milhares de desalojados na empobrecida província de Paktika, no sudeste do país.

Em março deste ano, um terremoto de magnitude 6,5 matou 13 pessoas no Afeganistão e no Paquistão, perto da cidade de Jurm, no nordeste do país.

Além disso, o Afeganistão está imerso em uma grave crise humanitária, após o retorno ao poder dos talibãs em 2021 e da consequente retirada da ajuda internacional.