Presidente da República defende colaboração mais forte dos países africanos no combate ao crime organizado

Presidente da República defende colaboração mais forte dos países africanos no combate ao crime organizado
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Presidente Filipe Nyusi defendeu a necessidade de uma maior união entre os povos e países, para não dar espaço a focos de criminalidade organizada

O Presidente da República, Filipe Nyusi, dirigiu hoje, no edifício-sede da Procuradoria-Geral da República em Maputo, o Encontro Regional dos Ministérios Públicos e das Polícias de Investigação Criminal dos países da SADC sobre o Combate ao Terrorismo, Extremismo Violento e Financiamento ao Terrorismo.

O encontro acontece numa altura em que passam cinco anos desde que Moçambique tem vindo a ser assolado pelo terrorismo em Cabo Delgado, com indícios de alastramento para outras províncias da região norte do país, sendo Nampula a província afectada mais recentemente, com ataques nos distritos de Eráti e Memba.

Estes males fazem parte do crime organizado e transnacional, facto que move todos os países da região Austral de África na busca de formas concretas para a sua erradicação.

No seu discurso de abertura da reunião, o Presidente Filipe Nyusi defendeu a necessidade de uma maior união entre os povos e países, para não dar espaço a focos de criminalidade organizada. Uma das medidas de combate ao crime organizado passa por cortar toda a cadeia de financiamento e branqueamento de capitais, bem como a aplicação de leis adequadas para a prevenção destes fenómenos criminais.

Filipe Nyusi entende que o combate ao crime organizado, ao extremismo violento e ao terrorismo, passa necessariamente pela troca e partilha de informações entre os países, para melhor controlar a situação de segurança através da investigação e responsabilização criminal.

Para Filipe Nyusi, há necessidade de bloquear todos os canais e apoios, desde o recrutamento, financiamento e respectivas fontes, que são o caminho para a ocorrência destas práticas criminais de dimensão transnacional, como é o caso do terrorismo.

Por sua vez, a Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchili, reconheceu o desafio mostrando a conexão harmoniosa com os legisladores e outras forças de investigação, para o sucesso no combate ao crime organizado.

Para além de Moçambique, participam no encontro de reflexão mais 15 países, nomeadamente: África do Sul, ESwatini, Bostwana, Namíbia, Angola, Zâmbia, Malawi, Zimbabwe, Congo Lesotho, Quénia, Ruanda Tanzânia, Uganda e Nigéria.