Brasil gerou mais de 155 mil novos empregos em janeiro

Brasil gerou mais de 155 mil novos empregos em janeiro
Murilo Fonseca, Pexels.com

Dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho do país.

O saldo positivo na geração de empregos com todas as garantias laborais previstas em lei foi resultado da diferença entre 1.777.646 contrataçÔes em janeiro e 1.622.468 demissÔes, segundo o Governo brasileiro.

O resultado de janeiro contrastou com o fraco desempenho de dezembro passado, quando o paĂ­s eliminou 281.792 empregos formais.

A geração de empregos em janeiro, no entanto, foi menor do que no mesmo mĂȘs do ano passado, quando o Brasil abriu 254.323 novos empregos formais.

EstatĂ­sticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do MinistĂ©rio do Trabalho revelam que 40.833.533 brasileiros tinham trabalho em janeiro, o segundo maior saldo para este mĂȘs desde que as estatĂ­sticas começaram a ser medidas com os critĂ©rios atuais, em 2010.

Esse nĂșmero supera tanto dezembro do ano passado (40,7 milhĂ”es) quanto janeiro de 2021 (38,2 milhĂ”es).

O Brasil tinha 41.123.711 empregos formais em janeiro de 2015, ou seja, antes de o paĂ­s sofrer uma recessĂŁo histĂłrica que durou dois anos e provocou uma queda de quase sete pontos percentuais no Produto Interno Bruto (PIB).

A geração de novos empregos reflete a melhoria no mercado laboral impulsionada justamente pelo crescimento do PIB brasileiro no ano passado, de 4,6%, a maior expansĂŁo nos Ășltimos 11 anos, que compensou a retração sofrida em 2020, de 3,9%, a maior em 24 anos e fruto da crise econĂłmica gerada pela pandemia de covid-19.

Em 2021, segundo o Ministério do Trabalho, o Brasil gerou 2,74 milhÔes de novos empregos formais.

A recuperação econĂłmica permitiu que a taxa de desemprego no Brasil caĂ­sse de quase 15% em abril para 11,1% no Ășltimo trimestre de 2021, o nĂ­vel mais baixo em dois anos.

Mas, apesar dessa recuperação, a economia brasileira tem enfrentado diversas dificuldades nos Ășltimos meses, como inflação alta, que foi de 10,06% em 2021, a maior desde 2015, e altas taxas de juros, atualmente 10,75% ao ano, seu maior nĂ­vel desde abril de 2017.

Economistas jå preveem uma forte desaceleração económica em 2022, quando esperam um crescimento de apenas 0,4%.