Famílias vítimas de inundações e reassentadas em Estevel, distrito de Boane, queixam se da falta de serviços básicos. São mais de 49 famílias que se dizem esquecidas pela edilidade
As águas forçaram saída das Famílias que actualmente vivem em tendas no Filipe Samuel Magaia, no distrito de Boane. A viagem até ao local parecia feliz, mas logo travada pela mata densa.
Os reassentados dizem que disputam espaço com cobras. Um recomeço difícil para quem esperava sossego depois de meses nos centros de acolhimento.
A água potável escasseia. O reservatório alocado no local garante água para alguns dias. A alternativa é consumo de água imprópria tirada dos poços tradicionais.
As famílias queixam-se de fome e sem muitas alternativas de sobrevivência.
Nas mantas densas de Estevel falta quase tudo.
Mulheres grávidas na incerteza. Hospital distante aliada a falta de transporte.
São cerca de 200 pessoas nas tendas que reclamam das condições em Estevel. Há quem prefira voltar ao bairro alagado.
O edil de Boane, Jacinto Loureiro, refuta as acusações e garante que as famílias recebem apoio de várias organizações. Acrescenta que as outras condições serão criadas paulatinamente.
