Um sismo de magnitude 8,8 atingiu, na noite de terça-feira, 29 de Julho, a cerca de 100 km da Península de Kamtchatka, no extremo leste da Rússia, tendo desencadeado alertas de tsunami em várias regiões banhadas pelo Oceano Pacífico. O abalo, registado a cerca de 125 quilómetros da cidade russa de Petropavlovsk-Kamchatsky, é considerado o mais forte na área em mais de 70 anos, segundo o Serviço Geofísico da Academia de Ciências da Rússia.
Com uma profundidade de aproximadamente 19 quilómetros, o sismo foi classificado como superficial, o que aumenta o risco de formação de ondas gigantes. Logo após o tremor, foram registadas marés de até 4 metros em partes da região russa. Em Severo-Kurilsk, contentores e embarcações foram arrastados, levando o distrito a declarar o estado de emergência e a evacuar cerca de 300 moradores. As autoridades confirmaram também feridos ligeiros, inclusive num aeroporto local.
O tsunami provocou igualmente evacuações no Japão e no Havaí. No Japão, as sirenes de alerta foram accionadas em pelo menos 21 prefeituras, incluindo Hokkaido e Kanagawa. A Agência Meteorológica do país recomendou que 1,9 milhão de pessoas abandonassem as zonas costeiras, devido à previsão de ondas de até 3 metros. Vídeos mostraram moradores a procurar abrigo em pontos altos e até nos telhados das casas. O aeroporto internacional de Sendai suspendeu as suas operações, tal como as ligações por ferry em diversas regiões.
No Havaí, as autoridades determinaram evacuações nas zonas de risco e cancelaram voos em Maui. Toda a actividade comercial foi suspensa em áreas próximas ao mar, devido ao receio de “ondas destrutivas”. O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico informou que as primeiras ondas já haviam atingido a costa do Estado.
