O impacto da pandemia do novo coronavírus, em escala sanitária, social e económica, deve ser aproveitado “para elevar a saúde ao mais alto nível” no conjunto de prioridades na esfera política e também no investimento, público ou privado
Na abertura da cimeira mundial da saúde, em Berlim, destacam-se apelos para colocar a saúde no topo das prioridades globais e alertas para continuar a luta contra a malária e poliomielite, enquanto as atenções estão centradas na Covid-19.
O impacto da pandemia do novo coronavírus, em escala sanitária, social e económica, deve ser aproveitado “para elevar a saúde ao mais alto nível” no conjunto de prioridades na esfera política e também no investimento, público ou privado, disse o director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A luta contra a poliomielite vai ocupar as sessões da chamada conferência de doadores contra esta doença, que pretende arrecadar 4.800 milhões de euros nos próximos quatro anos.
Numa mensagem endereçada à cimeira, o bilionário norte-americano Bill Gates anunciou uma doação de até 1.200 milhões de euros para o fundo contra a poliomielite, doença que continua a causar estragos no Paquistão e no Afeganistão.
O valor será doado para a Iniciativa Global para a Erradicação da Poliomielite, uma parceria público-privada, cujo objetivo é acabar definitivamente até 2026 com a poliomielite, contra a qual existe vacina.
Moçambique está entre os países onde a poliomelite voltou a ser preocupação. No País não havia registos da doença desde 1992, até que em Maio as autoridades da saúde declararam surto do tipo-1, caso confirmado em uma criança na província de Tete.
