Decisão é devida à necessidade de uma reforma administrativa; somente os representantes na ONU continuam em seus postos
O governo da Nigéria confirmou, neste domingo (3), ter determinado a retirada de todos os embaixadores do país no exterior, medida com a qual o presidente Bola Tinubu pretende melhorar o atendimento aos cidadãos nigerianos e estrangeiros em outros países. Eleito em fevereiro, Tinubu realiza uma reforma administrativa, com o objetivo de aumentar a eficiência de sua gestão, inclusive nos serviços prestados no exterior.
“A diretiva do presidente é consequência do seu cuidadoso estudo da situação oficial nos consulados e embaixadas da Nigéria em todo o mundo”, informou Yusuf Tuggar, ministro das Relações Exteriores do país, em comunicado.
“Ele está determinado a garantir que, a partir de agora, qualidade e eficiência de primeira linha caracterizem a prestação de serviços”, continua o documento.
O governo irá manter no exterior os representantes permanentes da Nigéria nas Nações Unidas em Genebra, na Suiça, e em Nova York (EUA), “tendo em vista a próxima Assembleia Geral da ONU, que acontecerá no final deste mês”, justifica o comunicado. Ao todo, a Nigéria tem representantes diplomáticos em 94 países.
Apesar de ser um dos países mais importantes e a maior economia da África atualmente, a Nigéria enfrenta graves problemas: uma grande dívida externa, a desvalorização da naira, a moeda nacional, o crescimento da inflação e do desemprego, e a insegurança, tanto interna, quanto externa, nas nações vizinhas, que também a afeta.
Desde que tomou posse, em maio, Tinubu tenta redinamizar a economia e atrair mais investimentos para o país, mas muitas medidas, como o fim das subvenções dos combustíveis, provocaram um aumento no custo de vida da população, que já vive em dificuldades.
O presidente nigeriano está à frente do Comitê dos Chefes de Estado-Maior da Cedeao (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) e também comanda as negociações para solucionar a crise política no Níger, após o golpe militar que destituiu, em julho, o presidente Mohamed Bazoum, aliado do Ocidente na luta contra grupos militantes islâmicos.
Sete pessoas foram mortas em dois ataques contra mesquitas, realizados um grupo armado na sexta-feira (1), no noroeste de Nigéria, no estado de Kaduna, informou a polícia local.
Os criminosos abriram fogo contra a primeira congregação durante a oração da noite, na localidade de Saya-Saya, e seis pessoas morreram no ataque, relatou o porta-voz da polícia do estado de Kaduna, Mansir Hassan.
O grupo seguiu para Tashar Dauda e atacou outra mesquita, deixando mais um morto e três feridos.
Kaduna fica no noroeste e centro da Nigéria e é um dos estados que sofre com a presença de grupos armados que atacam as cidades e matam ou sequestram os moradores. Eles também saqueiam e queimam casas.
Os criminosos também atacam templos religiosos, igrejas ou mesquitas, para sequestrar os fiéis e pedir resgates.